sexta-feira, março 22, 2024

Nota: agora, fechem a porta e seja o que Deus quiser

O PSD-Madeira foi chamado a votar. Escolheu entre duas candidaturas, duas propostas para o partido e para o futuro da RAM. Os mais de 4 mil militantes que integraram os cadernos eleitorais votaram da forma que entenderam, o voto é livre e secreto pelo que as histórias surgidas em torno deste processo eleitoral esbarram exactamente aqui, no secretismo das opções livres de cada militante-votante.

Os resultados divulgados pelo PSD-Madeira não deixam dúvidas:

  • Eleitores inscritos: 4.388
  • Votantes: 4132
  • Votos brancos: 15
  • Votos nulos: 18
  • Lista A – Miguel Albuquerque: 2.243 votos (54,3%)
  • Lista B – Manuel António Correia: 1.856 votos (44,9%)

Assim sendo, resta ao PSD preparar-se para os novos desafios, para as eleições antecipadas que serão inevitavelmente convocadas e perceber depois, se o grande tribunal das escolhas, o eleitorado que esmagadoramente não tem nada a ver com o PSD e com qualquer militância partidária efectiva e activa. Nessa altura então veremos o que vai acontecer nas urnas e o que até lá vai acontecer. Neste momento recomendo que o processo de disputa interna seja considerado assunto encerrado, faltando apenas o Congresso para que esta página estranha e polémica na história do PSD-Madeira, seja fechada. Depois, como diz o ditado popular, seja o que Deus quiser (LFM)

PCP: A estranha pressa de um partido do lado errado da história e em queda nas urnas

O PCP resolveu avançar com uma moção de censura - sem governo empossado, sem parlamento constituído e sem reuniões agendadas - contra a direita, depois de ter levado com mais uma derrota nas urnas, tudo isto apenas por oportunismo saloio e tentar ganhar espaço mediático, já que apoios e votos não consegue de forma nenhuma, nem nas urnas nem fora delas, sobretudo mantendo o mesmo discurso de sempre, desajustado, distante de uma realidade social que nada tem a ver com os tempos da clandestinidade ou os primeiros anos do pós-25 de Abril. Se há eleitores desiludidos com o sistema político o PCP tem a sua quota parte de responsabilidades nisso. Paulo Raimundo, faça os malabarismos e contorcionismos que fizer, nunca poderá esconder a realidade de ter sido um derrotado destas eleições de 10 de Março. Os problemas são outros, novos, mais difíceis, exigem a mesma luta, mas o PCP tem dificuldade em sair do seu universo dos sindicatos associados ao funcionalismo público para ganhar novos espaços de influências. Acresce ainda que o PCP foi empurrado, por força da sua perda eleitoral, para uma disputa à esquerda com partidos que "comeram" o eleitorado do PCP, casos do Bloco e do Livre mais recentemente.

Vamos a factos: o PCP passou de 441.852 votos, 7,9% e 16 deputados em 2011, para 445.980 votos, 8,3% e 17 deputados em 2015, depois para 332.473 votos, 6,6% e 12 deputados em 2019, descendo ainda mais, devido ao péssimo negócio da geringonça, para 238.962 votos e 6 deputados em 2022 e finalmente para 4 deputados, 202.325 votos e 3,3% em 2024, sem contar com os votos da emigração que são sempre pouco significativos para os comunistas.

Ou seja, temos uma direita radical que o PCP combate tenazmente com mais 5 vezes mais a votação dos comunistas que elege 12 vezes mais lugares que os deputados conseguidos pelo PCP. E mais nos dois grandes distritos do país - Porto e Lisboa - o PCP foi 6º no Porto, ultrapassado pelo Livre, e elegendo apenas um deputado, cenário que foi ainda pior no distrito de Lisboa onde o PCP foi apenas o 7º partido, também atrás do Bloco e do Livre, e elegendo apenas 2 deputados.

No antigo "Portugal vermelho", Beja, Évora e Setúbal, o PCP foi o 4º partido sem deputados eleitos e foi também o 4º partido em Setúbal elegendo aqui 1 deputado (tivera 2 mandatos em 2022).

Para além das perdas eleitorais, o PCP tem dois problemas: um, mais urgente, encontrar o seu espaço político próprio no actual contesto social e político português. Em segundo lugar, mais difícil, reencontrar uma nova liderança que seja tão carismática e convincente - para o universo eleitoral que o PCP foi perdendo ao longo dos anos - como foi Álvaro Cunhal, sem dúvida uma figura ímpar para os comunistas portugueses, desde os tempos da clandestinidade.

Acresce que a ambiguidade, por exemplo em relação à guerra na Ucrânia, tem custado votos e apoios ao PCP que eu continuo a achar que é um partido necessário sobretudo enquanto partido fomentador do protesto social mas que não pode cair nestes erros primários próprios de um partido derrotado, que quer esconder a derrota a todo o custo, o que explica que tenha avançando com uma moção de censura, apenas por motivações ideológicas, contra um governo que não existe e um programa de governo que ninguém conhece, num parlamento que nem reuniu e ainda por cima num tempo em que nem os resultados eleitorais finais foram divulgados O desespero é evidente a par da ânsia de ser colocar em bicos-de-pés quando saiu ainda mais "anão" do que já era, depois destas legislativas de Março, por culpa própria. Ou o PCP virou um daqueles adivinhos que oferecem serviços por anúncios de jornais, mas que na realidade não adivinham nem resolvem coisa nenhuma?! Haja bom senso e alguma tranquilidade de espírito (LFM)

Porto, Faro, Funchal, Açores e aviões maiores são alternativas para a TAP continuar a crescer, diz Luís Rodrigues

Sem espaço para crescer no Aeroporto Humberto Delgado, Luís Rodrigues antevê que a TAP cresça aumentando a capacidade dos aviões, sendo o A350 o candidato desejado, e usando outros aeroportos, nomeadamente o do Porto, Faro, Funchal e Açores. Privatização só em 2025. A uma semana de apresentar os resultados de 2023 que se antevê sejam recorde, Luís Rodrigues, presidente da TAP, assegura que a transportadora irá continuar a crescer. Porém, como não irá haver um novo aeroporto tão cedo, e face à limitações da Portela, que define como "uma manta de retalhos", o gestor diz que é preciso olhar para outras alternativas.

"[A TAP] está condicionada naturalmente", reconhece. "Sabemos que o aeroporto não vai acontecer nos próximos três, cinco anos. Portanto, temos de ser muito pragmáticos. Se queremos crescer temos de procurar" outros caminhos. E aponta algumas formas de crescimento. "Temos de considerar o aumento da capacidade dos aviões, por si só. E temos de considerar outras geografias como o Porto, Faro, Funchal e os Açores. Essas são as formas através das quais a TAP poderá crescer nos próximos anos, até que haja uma nova infraestrutura", afirmou Luís Rodrigues, em Bruxelas, na quarta-feira. Cenário que avança em resposta à pergunta como irá a TAP crescer num aeroporto condicionado de espaço como é o Humberto Delgado.

Deputados da Madeira podem dificultar a vida a Montenegro

Os três deputados eleitos na Madeira fizeram a diferença e deram a vitória à AD. Agora, vão puxar dos galões para obter ganhos para a região e, se for preciso, ameaçam votar contra o OE. Apurados todos os votos, as contas finais são claras, a escassa maioria que dá a vitória à Aliança Democrática é determinada pelos três deputados eleitos pelo círculo da Madeira. Sem estes três deputados, a AD elegeria apenas 77 deputados, tendo o Partido Socialista acabado por eleger 78 deputados. O facto foi esta semana notado ao Nascer do SOL,   como um dado relevante para as contas sobre maiorias ou minorias que, a partir de agora, podem formar-se no complexo xadrez parlamentar saído das eleições de 10 de março. Na hora de negociar o orçamento, Luís Montenegro tem mais uma sub-bancada com quem negociar: os três deputados da Madeira, que caso não vejam as suas reivindicações atendidas podem, como por diversas vezes já aconteceu no passado, votar contra o orçamento da seu próprio Governo. «Entre a estabilidade nacional e os interesses da Madeira e do seu governo regional, não tenho nenhuma dúvida, estou no Parlamento para representar os interesses da região», afirmou um destes deputados ao nosso jornal.

Albuquerque e Montenegro com relações tensas

A gestão dos deputados da Madeira, que é sempre complexa, em particular quando  o PSD assume funções governativas, pode agora ser ainda mais difícil. Miguel Albuquerque (que esta quinta-feira foi novamente a votos em eleições internas para se reeleger como líder do PSD/Madeira, tendo saído vitorioso) não perdoa a falta de solidariedade sentida da parte de Luís Montenegro quando, no final de janeiro, se desencadeou a Operação Zarco, que acabou por conduzir à demissão de Albuquerque da presidência do governo regional e também da liderança do PSD/Madeira.

Tomadas de posse, eleições e risco de dissolução marcam o calendário político de Montenegro

Assim que forem empossados todos os órgãos da próxima legislatura, a governação de Montenegro começa. Há pelo menos 10 datas a reter até outubro que irão marcar o calendário político. Saiba quais. Votos contados, resultados conhecidos e primeiro-ministro indigitado. O que se segue no calendário político e de que forma irá testar o futuro Governo de Luís Montenegro? Entre a tomada de posse do novo Executivo, dos 230 deputados da Assembleia da República (AR) e a apresentação de orçamentos, há uma série de obstáculos que podem prolongar a incerteza até ao final do ano e, no limite, ditar um fim antecipado ao mandato de quatro anos. E outros fatores políticos que podem condicionar a governação que procura por equilíbrios difíceis numa altura em que a oposição é representada, pela primeira vez, por dois grandes partidos: o PS, à esquerda, e o Chega, à direita.

Os politólogos ouvidos pelo ECO encaram o calendário político até ao final do ano como uma oportunidade para Luís Montenegro “ser o líder que até hoje adiou ser” e de firmar “convergências com os partidos democráticos” em nome da estabilidade política, uma vez que vai governar o país com uma maioria relativa. Um dos momentos-chave dos primeiros dias da governação de Montenegro, e que ainda carece de confirmação, será a eventual apresentação de um Orçamento Retificativo que nos últimos dias tem gerado discussão depois de Pedro Nuno Santos ter admitido estar disponível para o viabilizar, a par do Chega, se este for de encontro aos aumentos salariais da Administração Pública. Fora isso, há obstáculos já certos que importam ser considerados.

Miguel Albuquerque reeleito presidente do PSD/Madeira

Miguel Albuquerque foi reeleito presidente do PSD Madeira. No discurso de vitória, apelou à união no partido. Agora guarda a decisão do presidente da República, sobre se há ou não eleições antecipadas na Madeira.

quarta-feira, março 20, 2024

Principais bancos privados em Portugal com lucros de 3.153 ME em 2023

A soma dos resultados líquidos destes bancos foi superior à registada no final de 2022 em 1.419,5 milhões de euros, continuando a ser impulsionados pelo aumento das taxas de juro nos créditos. Os lucros agregados dos quatro maiores bancos privados a operar em Portugal somaram 3.153 milhões de euros em 2023, num aumento de 81,9% face a 2022, segundo contas da Lusa. Assim, a soma dos resultados líquidos destes bancos foi superior à registada no final de 2022 em 1.419,5 milhões de euros, continuando a ser impulsionados pelo aumento das taxas de juro nos créditos. Entre os privados, o Santander Totta foi quem apresentou lucros mais elevados em 2023. Com um aumento de 69,8%, os lucros do Santander Totta ultrapassaram os 1.030 milhões de euros em 2023, face aos 606,7 milhões de euros em 2022. A margem financeira da instituição aumentou 90,45% em termos homólogos para 1.491 milhões de euros. Por sua vez, o BCP registou lucros de 856 milhões de euros, contra 197,4 milhões de euros em 2022. No ano em análise, a margem financeira consolidada subiu 31,4%, para 2.825,7 milhões de euros.

Em terceiro lugar, o Novo Banco registou um resultado positivo de 743,1 milhões de euros no ano, mais 32,5% que em 2022, tendo a sua margem financeira subido 82,7%, para 1.142,6 milhões de euros. No campeonato da banca privada, o BPI caiu para fora do pódio, apesar de uma valorização homóloga dos lucros de 42% em 2023. Num ano em que registou lucros de 524 milhões de euros, a margem financeira também subiu para a instituição do Grupo Caixabank, que escalou 69,6%, para 948,9 milhões de euros. Em 2023, os lucros dos bancos foram beneficiados pelas altas taxas de juro nos empréstimos e lenta subida das taxas de juro nos depósitos, acabando por beneficiar a margem financeira, já que esta é a diferença dos juros cobrados pelos bancos nos créditos e os juros pagos pelos bancos nos depósitos. Desde que o Banco Central Europeu (BCE) começou a subir as taxas de juro diretoras em meados de 2022, para combater a inflação, que isso tem tido impacto no aumento dos créditos dos clientes bancários indexados a taxa de juro variável (sobretudo Euribor) (DN-Lisboa)

Quase 1,2 milhões de votos não serviram para eleger deputados

Quase 1,2 milhões de votos nas eleições legislativas não serviram para eleger qualquer deputado, o que representa cerca de um em cada cinco votos válidos, apurou um estudo do matemático Henrique Oliveira, do Instituto Superior Técnico (IST). "Encontrámos 1.166.263 votos sem representatividade no país, somando os restos de todos os círculos eleitorais analisados (20 correspondentes ao território nacional). Corresponde a 19,5% dos votos válidos", indica a análise a que a agência Lusa teve hoje acesso.

Este estudo analisa o escrutínio das eleições legislativas de 10 deste mês, à luz do método de Hondt, com base nos resultados provisórios do Ministério da Administração Interna, sem os círculos eleitorais da Europa e de Fora da Europa, cujos votos começaram hoje a ser contados. Segundo Henrique Oliveira, especialista em sistemas dinâmicos, um exemplo da falta de representatividade pode ser observado em círculos eleitorais onde os partidos mais pequenos não conseguem alcançar o limiar de votos necessário para obter um mandato. "Nesses casos, mesmo que esses partidos recebam uma parcela significativa dos votos, todos os seus votos são efetivamente descartados. Isso cria um sistema no qual os eleitores de forças minoritárias votam sem representatividade", alerta o estudo.

Campanha nas redes sociais foi importante mas não definiu sentido de voto

Alguns partidos apostaram na campanha nas redes sociais para chegarem de forma mais eficaz ao eleitorado. O "campeão" é o Chega com um "engajamento digital político superior a todos as outras forças políticas" e foi também o que mais cresceu em número de votos. Mas será que há causa-efeito nesta estratégia? As redes sociais desempenharam um papel preponderante na campanha eleitoral e o partidos exploraram as vantagens do mundo online a seu favor para levarem a mensagem a mais leitores e de forma mais eficaz, uns melhores do que outros. Para o professor e sociólogo da Universidade Lusófona Pedro Rodrigues Costa, o "campeão" das redes sociais é o Chega, com um "engajamento digital político superior a todos as outras forças políticas, inclusive PS e PSD" (Jornal de Notícias)

Vão e não voltam. Deputados dizem adeus ao Parlamento

Adão Silva, do PSD, critica “ligeireza” com que Marcelo dissolveu Assembleia. Capoulas Santos e Pedro Filipe Soares recordam legalização do aborto. Nenhum é candidato à Europa. Ainda o país estava mergulhado na campanha eleitoral e já havia deputados que tinham arrumado a sua secretária no Parlamento. Independentemente do resultado nas urnas, sabiam que estavam de saída, uma vez que decidiram não se recandidatar. Na hora da despedida, Capoulas Santos (PS), Adão Silva (PSD) e Pedro Filipe Soares (BE) recordam os momentos marcantes dos seus mandatos, garantindo sair a bem. Ironicamente, é o social-democrata quem mais critica o presidente da República (Jornal de Notícias)

Ventura perde um vereador a cada três meses

O partido de André Ventura já perdeu quase metade dos vereadores eleitos em 2021, saindo um a cada três meses, em média, além de dezenas de deputados municipais. O Chega elegeu pelo menos 48 deputados para a Assembleia da República nas legislativas da semana passada. Mas, fazendo as contas ao cenário que resultou das eleições autárquicas de 2021, o partido já perdeu quase metade dos vereadores eleitos, a uma média de um a cada três meses, além de dezenas de deputados municipais, noticia o Jornal de Notícias esta segunda-feira. Alguns dos vereadores dissidentes saíram em rutura com André Ventura e um queixou-se de preconceito xenófobo. Mas o Chega apresenta versões diferentes, alegando que retirou a confiança política a alguns deles por viabilizarem orçamentos do PS ou do PCP. Noutros casos, o Chega argumenta que os vereadores não cumpriram outras diretrizes. O resultado eleitoral de 2021 deu ao Chega 173 representantes nas assembleias municipais e 205 nas assembleias de freguesia. Os deputados acabam por ficar, mas como independentes, desvinculando-se do partido (ECO online)

Perda de votos provoca as primeiras fricções dentro do PS

Líder socialista madeirense, que é membro do Governo, contestado internamente por ter culpado “desgaste da governação nacional” pela perda de votos e de um deputado na região. Começam a vir à superfície as primeiras discussões internas no PS motivadas pelo mau resultado do partido nas eleições legislativas de domingo passado. Faltando ainda apurar a distribuição dos quatro eleitos pela emigração (dois pelo Círculo da Europa e outros dois pelo Círculo de Fora da Europa), já é claro que o partido perdeu cerca de meio milhão de votos e de 40 deputados.

O tiro de partida foi dado na Madeira - círculo onde o PS passou de três eleitos (em seis, sendo os outros três do PSD) para dois, tendo o deputado perdido passado para o Chega. O PS passou de 31,47% para 19,84%, perdendo cerca de 11 mil votos (de 40 mil desceu para 29,7 mil). O líder socialista regional, Paulo Cafôfo, colocou-se debaixo de fogo ao ter justificado a perda de votos do PS na ilha somente com o “desgaste da governação nacional”. Prosseguindo o mesmo raciocínio, assegurou que, se as eleições fossem apenas regionais - e o PS exige-as antecipadamente, devido à demissão do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque  -, “os resultados seriam claramente outros”, segundo Cafôfo.

Sondagem Euronews: PSD vence europeias e Chega elege pela primeira vez para o Parlamento

Apesar da vitória, PSD elege o mesmo número de deputados que o PS. Chega mantém tendência nacional como terceira força política e entra pela primeira vez no Parlamento Europeu. Iniciativa Liberal também se estreia na Europa. Os resultados são da sondagem da IPSOS em exclusivo para a Euronews. A menos de três meses das eleições europeias de 2024, o Partido Social Democrata (PSD) aparece como a formação política portuguesa mais votada, consolidando a viragem do país à direita, já expressa nas legislativas antecipadas de março, revela a sondagem da IPSOS em exclusivo para a Euronews.   Os sociais democratas surgem na primeira posição com 31%, ligeiramente à frente do Partido Socialista (PS) que apresenta 29,6% das intenções de voto.

A proximidade entre os dois grandes partidos portugueses reflete-se no número de mandatos - ambos conseguiriam eleger oito eurodeputados, o que significa que o PSD ganharia dois representantes face às eleições de 2019. Embora fiquem empatados com os sociais-democratas em parlamentares eleitos, os socialistas acabam por ter uma derrota, já que perdem um assento por comparação com os nove eurodeputados que conseguiram colocar no hemiciclo europeu na legislatura cessante.

Finlandeses são os mais felizes do mundo

Pela primeira vez, os jovens estão a tornar-se menos felizes do que as gerações anteriores. Esta é uma das conclusões do Relatório Mundial da Felicidade, divulgado esta quarta-feira. Trata-se de um barómetro anual que analisa a felicidade e o bem-estar em 143 países. Os nórdicos mantêm-se no topo da lista. Pelo sétimo ano, os finlandeses são o povo mais feliz do mundo.

75% dos portugueses com dificuldade em pagar as contas

Três em cada quatro famílias portuguesas têm dificuldade em pagar as contas. Os dados do barómetro anual da DECO Proteste revelam que a principal causa está no preço da habitação. Alentejo e Centro são as regiões onde se vive com mais dificuldade. Castelo Branco é o distrito onde as famílias mais sentem o aperto financeiro.

Sondagem exclusiva Euronews: grande coligação pró-UE enfrenta dificuldades, mas ainda está viva

O aumento do apoio à extrema-direita e o colapso dos Verdes e dos Liberais não vão alterar a aritmética fundamental dos deputados ao Parlamento Europeu após as eleições de junho, segundo a sondagem Euronews/Ipsos. É provável que o apoio à extrema-direita aumente no próximo Parlamento Europeu, mas os partidos pró-europeus continuarão a deter 63% dos lugares, de acordo com uma sondagem realizada pela Ipsos para a Euronews, publicada hoje (19 de março).

A sondagem exclusiva - realizada com cerca de 26,000 pessoas, em países que representam 96% da população da UE - é a primeira do género no período que antecede as eleições marcantes previstas para junho. Os resultados previstos não irão alterar o cálculo fundamental do Parlamento Europeu, onde os centristas continuarão a reunir a maioria necessária para confirmar dirigentes e aprovar legislação, segundo as sondagens.

No entanto, os partidos da direita radical e eurocética poderão registar ganhos significativos, liderando as sondagens em quatro dos seis membros fundadores da UE - enquanto as incertezas sobre a filiação partidária sugerem que ainda há muito em jogo.

Três em cada quatro famílias portuguesas têm dificuldade em pagar as contas

75% das pessoas inquiridas pelo barómetro anual Deco Proteste admitiu ter dificuldades para saldar as suas contas e 7% encontram-se em "situação crítica". Três em cada quatro famílias tiveram dificuldade em pagar as contas em 2023, segundo o barómetro anual Deco Proteste, que destaca a habitação como "fator-chave no aperto financeiro" e o Alentejo e Centro como as regiões com mais dificuldades.

Destinado a medir a capacidade de as famílias portuguesas pagarem as despesas do dia-a-dia em seis áreas - alimentação, educação, habitação, lazer, mobilidade e saúde -- o barómetro inquiriu perto de 7.000 pessoas, tendo 75% admitido ter dificuldades para saldar as suas contas e encontrando-se 7% em "situação crítica". "A crise habitacional emerge como um dos principais fatores no aperto financeiro das famílias portuguesas, suprimindo qualquer alívio proporcionado pela descida da inflação", destaca a Deco Proteste.

Lutador de MMA, médico, pastor evangélico e operário fabril (entre outros): as profissões dos novos deputados do Parlamento

Já estão atribuídos 226 dos 230 assentos na Assembleia da República, enquanto se espera a contagem final dos votos da emigração: entre as profissões dos novos deputados, são os advogados que ocupam a maior fatia, sendo que a AD é a força política com maior diversidade a nível profissional, salientou esta quarta-feira a revista ‘Sábado’. Entre as profissões mais ‘fora do vulgar’ no âmbito político encontramos Alberto Machado (AD), eleito pelo Porto, que é médico dentista – foi também presidente da Junta de Freguesia de Paranhos e membro do Conselho Municipal de Segurança, Ambiente e Turismo do Município do Porto. Na área da Saúde encontramos ainda os ex-ministros Manuel Pizarro e Marta Temido, respetivamente médico e administradora hospitalar como profissão. Há ainda a nutricionista Ana Gabriela Cabilhas (AD), o psicólogo Emídio Guerreiro – e sobrinho do fundador do PPD – e Ana Paula Martins, ex-bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e ex-presidente do Conselho de Administração do Centro Hospital Lisboa Norte.

Jovens portugueses estão mais infelizes que gerações anteriores

Portugal está na primeira metade do ranking mundial dos países mais felizes. Esta é uma das conclusões do Relatório Mundial da Felicidade. No entanto, o documento tem um dado preocupante: os jovens estão mais infelizes do que as gerações anteriores.

Queijo, simpatia ou moeda única: recorde como foram aprovados os orçamentos dos Governos em minoria

As eleições legislativas do passado dia 10 deixaram o país perante um cenário político de um Governo minoritário: Luís Montenegro – que vai ser hoje ouvido no Palácio de Belém por Marcelo Rebelo de Sousa – deve ser indigitado como primeiro-ministro e vai ser obrigado a negociar com as demais forças políticas o programa eleitoral. Num histórico de 50 anos e de 16 Governos, apenas seis chegaram ao fim da legislatura e desses, apenas dois de maioria relativa – e ambos do PS – conseguiram vingar, recordou esta quarta-feira a rádio ‘TSF’.

E quais foram os seis? A ‘Geringonça’ de António Costa, a maioria do PSD/CDS liderada por Pedro Passos Coelho, o Governo de José Sócrates e as duas maiorias de Cavaco Silva. Sobra a maioria relativa, liderada por António Guterres. O XIII Governo, chefiado pelo atual secretário-geral das Nações Unidas, era de maioria relativa, embora o PS tivesse uma confortável bancada no Parlamento (112 deputados) e houvesse uma maioria parlamentar à esquerda. Foi, em toda a história da nossa democracia, o único governo minoritário que chegou ao fim da legislatura (1995-1999). Na oposição estava Marcelo Rebelo de Sousa, velho amigo do primeiro-ministro, e que aprovou os orçamentos socialistas a bem da “estabilidade” e dos desafios da moeda única.

sábado, março 16, 2024

Galiza: quando os emigrantes tiraram em 2005 a maioria absoluta ao PP de Iribarne

 Em 2005, nas eleições regionais na Galiza, os resultados foram estes:

Deputados, 75

Votos contabilizados: 1.680.202 (64,21%)

Abstenção: 936.609 eleitores (35,79%)

Votos nulos: 7.646 (0,46%)

Votos em branco: 20.912 (1,24%)

Os partidos que obtiveram lugares no parlamento autonómico da Galiza foram os seguintes:

Partido Popular (PP): 37 deputados com 756.562 votos (45,03%).

Partido dos Socialistas de Galicia (PSdeG): 25 lugares, con 555.603 votos (33,07%).

Bloque Nacionalista Galego (BNG): 13 lugares, con 311.954 votos (18,57%).

O PP liderado então pelo já falecido Manuel Fraga Iribarne, ganhou as eleições mas sem maioria absoluta (que por exemplo obteve nas regionais de 2024, 40 deputados contra 35 de toda a oposição, contrariando todas as expectativas), o que levou a um acordo entre o Partido Socialista da Galicia e o Bloco Nacionalista Galego para governar juntos, com Emilio Pérez Touriño a ser empossado como Presidente da Xunta de Galicia (governo autonómico da Galiza). Tratando-se de uma comunidade autonómica onde o PP tivera sempre posição eleitoral destacada e confortável, e sendo Manuel Fraga Iribarme, apesar da sua ligação à política no tempo do franquismo, um dos políticos com maior pese na direita espanhola e na Galiza, onde onde era natural, foram os resultados da emigração que acabaram por atirar o PP para a oposição, de onde entretanto já saiu, repetidamente, nos últimos anos.

CERA

De facto os eleitores do denominado "Censo Electoral de Residentes Ausentes" (CERA) favoreceram os dois grandes partidos galegos, PP e PSOE, em detrimento das outras forças políticas. Em 2005 o chamado voto emigrante viria a ter grande repercussão nestas eleições regionais na medida em que, como referi, o PP da Galiza de Manuel Fraga acabaria por perder a maioria absoluta parlamentar, algo nunca antes acontecido. O PP elegeu 37 deputados contra 38 da oposição, sendo 25 dos socialistas e 13 do nacionalistas galegos, naquilo que foi uma das primeiras "geringonças" espanholas, algo que nos dias que correm praticamente se banalizaram e a diferentes patamares do poder local, ou regional. Lembro ainda que um dos deputados do PP eleitos em 2005 por Pontevedra foi Alberto Núñez Feijóo, actual líder nacional dos populares espanhóis.

Como curiosidade refira-se que nas regionais de 2024, o PP obteve 47,4% dos votos, 40 deputados, contra 35,6% do Bloco Nacionalista Galego, com 25 deputados, 14% do PSOE, com 5 deputados, grande derrota neste acto eleitoral, e ainda um partido de Ourense que com 1% logrou eleger um deputado naquela localidade da Galiza (LFM)

"Directas" no PSD-Madeira

Na corrida eleitoral paras a liderança do PSD-Madeira, cujas directas se realizam a 21 de Março, teremos a repetição do que aconteceu na segunda volta das primeiras eleições directas social-democratas no pós-Alberto João Jardim. São protagonistas Manuel António Correia e Miguel Albuquerque. Como não se prevê que os cerca de 4 mil militantes com quotas pagas - e que são o universo eleitoral do partido, possam ter numa das suas sedes, um debate entre os dois candidatos, recordo as entrevistas que o jornalista Gil Rosa recentemente realizou para a RTP-Madeira na expectativa de que os social-democratas fiquem melhor informados. Miguel Albuquerque aqui e Manuel António Correia aqui

Açores: Chega viabiliza "verde verde" ao programa de governo. Até ver....

O Programa do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) foi aprovado sexta-feira, na Assembleia Legislativa Regional, com votos a favor dos partidos que integram o Executivo, as abstenções do Chega, PAN e IL, e voto contra do PS e BE. A continuidade do atual Governo Regional fica garantida com a abstenção do Chega, PAN e IL na votação do Programa do Governo – no total foram 26 votos a favor, 24 contra (PS e BE) e sete abstenções. Depois das Legislativas Regionais de 4 de fevereiro, o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda anunciaram o voto contra o Programa do XIV Governo dos Açores. O Chega, a terceira força política mais votada nos Açores, garantiu que o partido quer estabilidade para o arquipélago e é sempre parte da solução e não do problema; o deputado do PAN, Pedro Neves, garante igualmente que não quer criar instabilidade política no arquipélago.

Eleições: evolução eleitoral do centro-direita e direita radical portuguesas nas legislativas entre 2009 e 2024

Os resultados de 2024 não incluem ainda os resultados do apuramento nos círculos da emigração (LFM)

À espera dos resultados dos 2 círculos da emigração

(LFM)

Eleições: evolução eleitoral da esquerda portuguesa nas legislativas entre 2009 e 2024


Os resultados de 2024 não incluem ainda os resultados do apuramento nos círculos da emigração (LFM)

Balanço eleitoral simples de perceber: Sem os 3 deputados da Madeira, Montenegro e a sua AD teriam sido derrotados!

Acho que se há balanço eleitoral - mesmo sem termos os resultados eleitorais finais dos dois círculos da emigração, e que eu antevejo possam atribuir 2 mandatos ao PS e 2 mandatos à AD (eventualmente o Chega até pode "roubar" 1 deles na Europa), a única conclusão possível e verdadeira é simples: sem os 3 deputados eleitos na Madeira pela coligação PSD-CDS, Luis Montenegro e a sua AD teriam sido derrotados nas eleições legislativas do passado dia 10 de Março. E isto é demasiado mau para uma coligação que pelos vistos, foi derrotada em muitos distritos continentais e que nem sequer conseguiu aproveitar os falhanços socialistas a seu favor. Inclusivamente no Algarve acabou por ser a terceira força política, depois do Chega e do PS. Ponto final! Perante esta evidência, elaborei um conjunto de constatações, acompanhadas de alguns quadros explicativos, que procuram fazer o balanço eleitoral de modo que todos entendam.

- Considerando os resultados do território nacional - sem, os dois círculos da emigração - o PS é o mais votado com 1,759 milhões de votos, 77 deputados, contra 1,757 milhões de votos da AD com 76 deputados. O que salva a AD, mesmo desconhecendo os resultados dos dois círculos da emigração que elegem 4 deputados, são os 3 deputados que o PSD-CDS elegeram na Madeira

Vamos a números:

- Total de deputados, 230

- Maioria absoluta (metade mais um), 116 deputados

- Deputados do centro-direita (AD e IL), 87

- Deputados da direita radical (Chega), 48

- Deputados do centro-direita mais direita radical, 135 (maioria absouta)

- Deputados do PS, 77

- Deputados do PS mais esquerda, incluindo a esquerda radical, 91.

- Os fenómenos político-eleitorais PRD e CHEGA, diferentes, apesar de ambos não terem identidade ideológica clara mas dependerem apenas de uma pessoa, Ramalho Eanes e André Ventura

Tal como o Chega, que diz combater o sistema o PRD combatia alguns aspectos do sistema e particularmente do sistema partidário, com propostas de alteração constitucional e do sistema eleitoral. A principal vítima do PRD foi o PS, a principal vítima do Chega é o PSD.

Nota: Uma cábula...


- Açores – potencial crise com não aprovação do programa de governo foi ultrapassada com abstenção PAN e Chega. Mas este partido exige acordo escrito com AD – ainda inexistente – e admite que se propostas orçamentais não corresponderem o Chega vota contra;

- Votação da emigração será decisiva. Em 2022 o PS ficou com 3 mandatos e o PSD com 1. Este ano com mais de 400 mil votantes será diferente sobretudo na Europa onde o Chega pode eleger um mandato;

- Madeira, coligação resiste, sobe em votos, mas esta foi a pior percentagem mesmo que se saiba que os mandatos são obtidos em função de votos e não de percentagens;

- PSD – tenho receio que as directas, o que não seria a primeira vez, sejam distorcidas e manipuladas mesmo antes de se realizarem. Eu acho que tem havido falta de verdade, de honestidade e de dignidade, confundindo-se interesses particulares e restritos com interesses mais amplos e alargados, do partido ou da Região. Acho que seria de bom tom que as pessoas finalmente percebessem por que motivo MA é arguido, quais os processos que impedem sobre ele, estatuto de arguido, que não é inibidor de coisa nenhuma nem representa qualquer condenação, enfim quais as acusações que o MP tem contra ele até para que se acabe c om muita especulação. Todos sabemos que apesar de MA se ter disponibilizado para prestar declarações sabe-se, todos sabem, que isso não é possível sem que a imunidade parlamentar seja levantada, neste caso quer pelo parlamento regional, quer pelo Conselho de Estado. Costa também fez o mesmo me há dias queixa-se de que ninguém ainda falou com ele. Nem o farão, e ele sabe disso, pelo menos até que a imunidade deixe de existir. Mas em Bruxelas, quando se associa Costa a um cargo europeu, todos dizem que o sucesso de uma candidatura depende, do resultado eleitoral das europeias, obviamente, mas também de uma decisão da justiça portuguesa, para que não subsistam pontas soltas que ponham em causa os titulares de cargos europeus. E Costa em Portugal nunca foi declarado arguido pela justiça no âmbito da chamada "Operação Influencer"...;

Eleições: Chega igual ao ex-PRD se não tiver juízo? Responda quem souber

Há quem erradamente, em meu entender - dadas as diferenças existentes, desde logo no tempo da política e nos instrumentos ao seu dispor - tente comparar o fenómeno político-eleitoral do Chega com o que se passou com o extinto PRD, partido que foi associado à figura ao ex-presidente da República, António Ramalho Eanes mas que nunca assumiu claramente essa iniciativa dos seus apoiantes, acabando por se revelar no coveiro do partido, quando abandonou Belém. A política hoje, nada tem a ver com o que se passava nos tempos do ex-PRD. As redes sociais, por si só, mudaram muita coisa...

Acresce que é recorrente considerar o Chega como um partido de um homem só, André Ventura. Provavelmente assim será. O PRD, apesar de ser colado ao então Presidente Eanes, nunca o viu assumir a sua liderança, o que explica o seu rápido desaparecimento da cena política portuguesa em apenas 3 anos. Eu recordo o que se passou com o extinto Partido Renovador Democrático, incluindo na Madeira:

(LFM)

Tribunal de Contas deixa alertas ao futuro governo de Lisboa

Tal como fizera anteriormente com  os dois governos regionais da Madeira e dos Açores, saídos das eleições regionais de 2023 e 2024, o Tribunal de Contas deixou alguns alertas e recomendações ao futuro governo de Lisboa. De facto, o Tribunal de Contas divulgou o seu denominado "Contributo para o início da nova Legislatura", documento de natureza pedagógica e construtiva, elaborado antes do ato eleitoral, que será entregue à Assembleia da República e ao Governo "no sentido de contribuir para a melhoria da gestão pública e da sustentabilidade das finanças públicas".

"O Contributo traduz-se num conjunto organizado de recomendações formuladas pelo Tribunal, na sequência das suas ações de controlo nas matérias e domínios abrangidos, nos quais a atuação dos poderes legislativo e executivo poderá resultar em aperfeiçoamento da gestão pública", diz o Tribunal.

Leia aqui o "Contributo para a melhoria da gestão pública e da sustentabilidade das finanças públicas​"

Eleições: pela primeira vez a emigração vai decidir o vencedor

Eu acho que há muitas pessoas que ainda não perceberam o rescaldo eleitoral nacional, numa altura em que faltam apurar 4 deputados e contabilizados cerca de 400 mil votos, ou mais, de acordo com as previsões da CNE. Neste momento, considerando os resultados do território nacional - sem os dois círculos do estrangeiro, Europa e Fora da Europa - temos:

- Toda a esquerda, PS e demais partidos com representantes parlamentares, totaliza 2,56 milhões de votos, 41,6% e 91 deputados;

- Todo o centro-direita, excluindo a direita radical (Chega), tem apenas 2,1 milhões de votos, junto AD, coligação na MadeIra e IL, correspondentes a 34,6% e 87 deputados;

- Se juntarmos a direita radical (Chega) aos resultados da AD, coligação PSD-CDS na Madeira e IL, teremos então uns esmagadores 3,2 milhões de votos, 52,6% e 135 deputados:

- Se considerarmos o somatório da AD com a coligação PSD-CDS na Madeira, temos 1,8 milhões de votos, 24,5% e 79 deputados, contra 1,7 milhões de votos do PS, 28,7% e 77 deputados (LFM)

sexta-feira, março 08, 2024

Sondagem Correio da Manhã: Luís Montenegro ganha a Pedro Nuno Santos na corrida para primeiro-ministro

Líder do PSD distancia-se 13 pontos face ao do PS. Quase 56% não compram carro em segunda mão a nenhum. Luís Montenegro, presidente do PSD, ou Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, qual deles será melhor primeiro-ministro? As respostas à mais recente sondagem da Intercampus para o CM/CMTV e ‘Jornal de Negócios’ são claras: o líder do PSD é o preferido, ao surgir como a escolha de 44,1% dos inquiridos, contra os 30,8% que optam pelo ex-ministro das Infraestruturas.

Votos desperdiçados: Partidos debatem círculo de compensação

Ao longo de todos os anos da democracia portuguesa, milhões de votos foram literalmente desperdiçados em eleições legislativas. A discussão sobre a reforma do sistema eleitoral tem décadas, mas nunca avançou.

Milei manda encerra agência de notícias da Argentina

A agência de notícias pública da Argentina está fechada desde segunda-feira. E a sede da Télam está cercada pela polícia. É mais uma medida polémica do presidente argentino. Javier Milei diz que a agência tem sido um meio de propaganda e que o encerramento vai contribuir para resolver a grave crise económica no país.

Eleições na Venezuela vão decorrer no dia do nascimento de Hugo Chávez

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela marcou as eleições presidenciais para o próximo 28 de julho, dia de aniversário do antigo presidente Hugo Chávez. Nicolás Maduro deverá ser candidato a mais um mandato de seis anos, mas ainda não confirmou oficialmente. Disse apenas que acredita na vitória do "chavismo".

Sondagem do Público: AD sobe no eleitorado mais escolarizado e PS no menos instruído

É uma tendência que vem de trás, mas que a sondagem desta semana do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) vem reforçar. A Aliança Democrática (AD) é a força política mais forte no segmento do eleitorado com maior nível de escolarização, enquanto o PS é o partido proeminente entre a faixa eleitoral menos instruída. A sondagem da Universidade Católica para o PÚBLICO, RTP e Antena 1 – a última antes das legislativas de domingo próximo – revela que 34% dos inquiridos com o ensino superior indicam querer votar na AD, enquanto 14% preferem o PS. A AD sobe assim face aos 29% registados na semana passada e o PS recua relativamente aos 17% obtidos há uma semana.

Dos entrevistados com escolarização aquém do terceiro ciclo, 34% dizem que irão votar no PS, um aumento de sete pontos face aos 27% da semana passada. Já a AD regista uma ligeira descida, deslizando de 22% para 21% neste segmento eleitoral. O Chega surge destacado na terceira posição com 14%. Quanto aos eleitores com o ensino secundário, a AD continua a liderar. Porém, o Chega consegue ultrapassar o PS comparativamente aos dados da sondagem do Cesop de há uma semana: a AD continua com 24% deste eleitorado, o Chega sobe de 15% para 19% e o PS cai de 19% para 17%.

No que diz respeito à segmentação por faixa etária, PS (cresce de 32% para 36%) e AD(sobe de 27% para 29%) ganham força entre os eleitores com 65 anos ou mais, mas após semanas de recuperação da coligação liderada por Luís Montenegro, o partido de Pedro Nuno Santos consegue agora alargar a diferença, que passa de cinco pontos percentuais há uma semana para sete.

Sondagem Público: AD continua seis pontos à frente do PS, mas esquerda ultrapassa direita (sem Chega)

O Chega desce um ponto percentual e a CDU sobe dois. A diferença entre AD e PS está claramente fora da margem de erro. Os indecisos baixam para 16%. A Aliança Democrática (AD) continua à frente do PS por seis pontos percentuais, embora ambos tenham subido um ponto percentual cada na sondagem desta semana, a última da actual campanha eleitoral, feita pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica para o PÚBLICO, RTP e Antena 1. Mas se, na semana passada, havia um empate entre esquerda e direita – cada um dos blocos dos partidos que podem garantir a governação tinha 39% –, agora a esquerda está ligeiramente à frente. Isto porque PS, Bloco de Esquerda, CDU (aliança PCP-PEV) e Livre juntos somam 41%, enquanto a AD (PSD/CDS-PP/PPM) e a Iniciativa Liberal somados têm40%.

Fora destas contas estão o Chega e o PAN, uma vez que quer o líder da AD quer o presidente da IL têm excluído, de forma peremptória, qualquer acordo com o Chega, e o PAN tanto pode entender-se à esquerda como à direita. Já à esquerda, os líderes do PS, do PCP, do BE e do Livre têm assumido que podem vir a negociar acordos depois das eleições de domingo.

No entanto, esta maioria assente nas intenções de voto não tem correspondência directa no exercício de distribuição de deputados feito pelo Cesop com base em critérios territoriais, segundo a qual a esquerda, mesmo no melhor cenário, não vai além de 96parlamentares, abaixo do melhor cenário de mandatos da AD (98). Esta distribuição indica ainda que AD e IL registam, no melhor cenário, 108 deputados (mais dois do que há uma semana), pelo que continuam distantes do mínimo de 116 deputados que garante uma maioria absoluta, a qual só seria possível se, à direita, também fosse incluído o Chega. A AD tem 34% das intenções de voto contra os 33% registados há uma semana, e o PS sobe de 27% para 28%. Mantém- se, assim, uma diferença de seis pontos.

Venezuela convidou UE e ONU a observar eleições presidenciais de julho

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou que convidou a União Europeia (UE), a ONU e o Centro Carter, entre outros, a enviar missões de observação para as eleições presidenciais de 28 de julho. O presidente do CNE, Elvis Amoroso, adiantou que, além da UE, de peritos da ONU e do Centro Carter, foram também convidados o grupo BRICS, a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) e a Comunidade das Caraíbas (Caricom).

Segundo Amoroso, desta forma o CNE dá cumprimento ao Acordo de Barbados, assinado em 17 de outubro de 2023 pelo Governo e a oposição, e ao Acordo de Caracas, de 28 de fevereiro, sobre a participação de observadores internacionais e garantias eleitorais. O presidente do CNE adiantou que foram também enviados convites à União Interamericana de Organismos Eleitorais e à União Africana, entre outros. Amoroso sublinhou que o CNE se encontra em sessão permanente para garantir o calendário eleitoral. A formalização de candidaturas terá lugar entre 21 e 25 de março, seguindo-se o recenseamento eleitoral no país e no estrangeiro, entre 18 de março e 26 de abril, e a campanha eleitoral, entre 4 e 25 de julho.

Entre 6 e 16 de abril terá lugar uma atualização do registo eleitoral. A 05 de março, dia do 11.º aniversário da morte do ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) o CNE marcou as eleições presidenciais para 28 de julho, data do 70.º aniversário do nascimento do mesmo ex-chefe de Estado. A data foi marcada três dias depois de o parlamento da apresentar 27 datas possíveis para as presidenciais, sem o aval da Plataforma Unitária Democrática (PUD), que agrupa os principais partidos opositores, nem da líder opositora Maria Corina Machado, que continua impedida de candidatar-se (RTP)

Adesão da Ucrânia à UE teria um impacto de até 136 mil milhões de euros no orçamento comunitário, apontam especialistas

A adesão da Ucrânia à União Europeia poderá ter um impacto de entre 110 e 136 mil milhões de euros no orçamento comunitário, segundo apontou o think tank ‘Bruegel’, o que representa entre 0,1 e 0,13% do PIB da UE. Um valor que, garantem os especialistas, exclui os enormes custos de reconstrução – estimados em pelo menos 450 mil milhões de euros na próxima década – e na expectativa de que Kiev consegue recuperar todos os territórios ocupados pelas tropas russas. Segundo a ‘Bruegel’, Kiev teria direito a 85 mil milhões de euros provenientes da Política Agrícola Comum (PAC) – considerando que o programa, uma vez implementado de acordo com os hectares de terras cultivadas, vai tornar a Ucrânia, com o seu poderoso sector agrícola, o maior beneficiário.

Os especialistas revelaram ainda que Kiev verá chegar 32 mil milhões de euros da Política de Coesão, que financia projetos de desenvolvimento. A atribuição de fundos de coesão está limitada a 2,3% do PIB de um Estado-Membro. Sem este limite, a Ucrânia teria direito a cerca de 190 mil milhões de euros, seis vezes mais. Por último, mais 7 mil milhões de euros de outros programas. Tudo somado, Kiev receberia cerca de 136 mil milhões de euros no orçamento comunitário de sete anos – no entanto, se a Ucrânia não recuperar os territórios nas mãos dos russos, essa dotação reduz-se para 110 mil milhões de euros. Mesmo que o país conseguisse uma recuperação robusta após a guerra, apontou a ‘Bruegel’, continuaria a ser consideravelmente mais pobre do que o estado mais pobre da UE, a Bulgária, e provavelmente do que os dos Balcãs Ocidentais. Por isso, o PIB per capita da UE diminuiria, o que iria provocar mudanças na quantidade de fundos de coesão distribuídos a cada região elegível, salientou Zsolt Darvas, investigador sénior da ‘Bruegel’ e um dos autores do relatório.

“Se a média diminuir, isso significa que algumas regiões da UE que estão atualmente na categoria mais baixa poderão passar para as regiões de transição e algumas regiões de transição poderão passar para regiões mais desenvolvidas”, referiu Darvas, em declarações ao site ‘Euronews’. “Concluímos também que os atuais países da UE obteriam menos cerca de 24 mil milhões de euros do financiamento da coesão, simplesmente devido ao impacto mecânico da Ucrânia.” (Executive Digest, texto do jornalista Francisco Laranjeira)

Portugal tem 382,6 toneladas: reservas de ouro valem mais de 20 mil milhões de euros

Portugal tem nos cofres do Banco de Portugal (BdP) 382,6 toneladas de ouro, uma das maiores reservas do Mundo, que está a valorizar desde 2012, altura em que valia 9,3 mil milhões de euros, e que já mais do que duplicou até 2022. Este ano a registar os valores mais elevados de sempre, os preços do ouro chegaram no ano passado a mais de dois mil dólares por onça, fechando 2023 com uma valorização de 13,28%, para 2066,29 dólares por onça. Desde início do ano há um crescimento de 3,25% no valor dos preços negociados. Segundo o Jornal de Negócios, no final de 2022 a reserva de ouro no Banco de Portugal valia mais de 20,9 mil milhões de euros. Nesse ano contou-se um acréscimo de 189 milhões de euros, conseguido pela evolução da cotação da onça de ouro, efeito da valorização do dólar face ao euro. Olhando à evolução, desde a desvalorização de cerca de 660 milhões de euros das reservas de ouro nacionais entre 2011 e 2012, o metal precioso nos cofres do banco de Portugal tem sempre vindo a valer mais (Executive Digest)

Sondagem Católica: AD mantém-se à frente num Parlamento fragmentado

A poucos dias das eleições legislativas, a Aliança Democrática e o PS sobem ligeiramente na derradeira sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público. A coligação liderada por Luís Montenegro continua na frente, com 34 por cento nas estimativas dos resultados, seguindo-se o PS, com 28 por cento. Houve desde a última semana uma ligeira diminuição no número de indecisos, que são agora 16 por cento. Destaque para a grande fragmentação do Parlamento, com a maioria dos deputados a serem eleitos à direita.

À medida que a campanha se aproxima da reta final, os eleitores vão ficando um pouco mais esclarecidos e decididos em relação ao seu voto. Mas, de acordo com a sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público, ainda há 16 por cento de indecisos. Na última sondagem eram 20 por cento. Neste inquérito, a AD e o PS sobem ligeiramente, mas mantém-se a diferença de 6 por cento entre os dois partidos registada na última sondagem. A AD tem 34 por cento dos votos e PS conta com 28 por cento. Segue-se o Chega, que desce ligeiramente (16%) mas continua a ser a terceira força política, a uma larga distância dos dois primeiros. A Iniciativa Liberal mantém-se nos 6 por cento, assim como o Bloco de Esquerda, com uma estimativa de 5 por cento dos votos, tal como na última sondagem.

Quem sobe mais nesta estimativa em relação à anterior é mesmo a CDU, que passa a ter 5 por cento dos votos. Segue-se o Livre, que desce ligeiramente para os 3 por cento e o PAN, que desce para 1 por cento. Contas feitas, a distribuição de mandatos mantém-se praticamente inalterada na comparação com a sondagem de 28 de fevereiro. Tal como nesse inquérito, prevê-se que nenhum dos partidos alcance os 116 deputados necessários à formação de uma maioria absoluta. A Aliança Democrática consegue, na melhor das hipóteses, obter até 98 mandatos. O Chega pode conseguir entre 33 e 41 deputados, uma enorme subida em relação às eleições de 2022, em que garantiu 12 mandatos. Já a Iniciativa Liberal poderá eleger entre seis e dez deputados.

Barómetro: Financiamento dos media é maior problema do setor em Portugal

A grande maioria dos jornalistas (86%) defende que o modelo de financiamento dos media, devido à quebra do mercado publicitário é o maior problema que o setor atravessa em Portugal, segundo uma análise agora divulgada. “O modelo de financiamento dos media, resultante da quebra do mercado publicitário, é identificado pela maioria dos jornalistas inquiridos (86%) como o maior problema que o setor dos media atravessa em Portugal”, indicou, em resultado a Sonda +M. Os resultados da primeira edição deste barómetro indicam que a precariedade laboral do setor é apontada por 62% dos inquiridos como o principal problema, seguindo-se a dificuldade em tornar pagos os conteúdos ‘online’ (57%). Depois surgem a concentração em grandes grupos (14%), a diminuição das audiências (14%) e a falta de qualidade do jornalismo (14%).

No que se refere a um eventual modelo de financiamento público do setor, 90% dos inquiridos defendem concordar, com 38% a apontar como melhor opção os ‘vouchers’ de assinatura para os cidadãos. As restantes opções mais votadas são as que defendem um apoio via orçamento do Estado (19%) ou com base na consignação de uma parte do IRS – Imposto sobre o Rendimento de pessoas Singulares (19%). Por sua vez, 14% concordam, mas pedem um outro modelo, enquanto 10% dos jornalistas discordam.

Questionados sobre os 30 debates que as televisões realizaram no âmbito das eleições legislativas, 57% dos inquiridos consideram que estes não foram úteis para esclarecer os portugueses. “A larga maioria (75%) que reprova a iniciativa referiu que os debates não foram esclarecedores e as televisões dedicaram demasiado tempo a comentá-los”, destacou. Já dos 43% que os aprova, mais de metade (56%) disse que nos debates foi possível conhecer as propostas de cada partido. Para a realização desta análise foram inquiridos 50 jornalistas em cargos de edição/chefia de mais de 30 órgãos de comunicação social nacional. O período de auscultação decorreu entre 27 de fevereiro e 04 de março, tendo-se registado uma taxa de resposta de 42%. A Sonda é uma iniciativa que pertence ao +M, que, por sua vez, integra o Eco, e da Central de Informação (Executive Digest)